Gostar é algo inexplicável e inesquecível sentimento. Faz você crescer e ao mesmo tempo faz-nos perceber a pequena dimensão a que estamos submetidos, finitude de sabermos que somos humanos em um pequeno planeta perdido na imensidão do dinâmico e ordenado espaço-tempo quadridimensional, onde tudo é relativo, onde ao mesmo tempo nos sentimos infinitos, pois somos a direção do infinito em toda sua beleza e magia. Saber que esse infinito nos trará a nossa finitude na verdadeira e derradeira homogeneidade!
A plenitude do caos se impõe a cada dia. A ordem é uma quimera. Não se explica por meio da Lógica, da Física, da Matemática. As Ciências são inexatas, porque humanas, conhecimento incessante, mutável, transcendente, pequeno e ao mesmo tempo Universo. Em toda sua plenitude ele se impõe.
As estrelas, a poeira da vida, o caos do submundo das catástrofes nucleares, o ser humano nesta jornada cósmica. Se impondo com sua poeira, seu sopro da vida, transformando e se tornando homem. Transformando e sendo transformado. Transforma-se em poeira. No submundo de partículas subatômicas, o retorno para gerar mais vida.
E quando a chama da vida tende a se apagar, recordemos a supernova que, ao mesmo tempo que explode, impõe o retorno a uma nova vida, difusa e constantemente eterna, a se agregar livremente, ao ermo da solidão do espaço-tempo, semeada pela intervenção das Leis Universais. Será Deus? Serão as leis do Caos? O que se esconde nessa dimensão invisível? Ele é etérea? Por que continua irradiando vida?
Ricardo Souto (Associação de Astrônomos Amadores da Bahia)
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