domingo, 22 de dezembro de 2019

Estações do ano (vídeo aula de geografia)

Primeira lei de Kepler

A 1ª Lei de Kepler, também conhecida como “Lei das Órbitas”, é enunciada da seguinte forma:
“Todos os planetas movem-se ao redor do Sol em órbitas elípticas, estando o Sol em um dos focos.”
Kepler percebeu que a velocidade orbital dos planetas em torno do Sol não era constante. Por causa do formato das órbitas, havia pontos nos quais a distância ao Sol aumentava ou diminuía e que essa mudança era responsável por variações na velocidade dos planetas que orbitam o Sol.
Dizemos que, ao atingir a menor distância ao Sol, os planetas encontram-se no periélio e, quando atingem o ponto da órbita mais distante, estão no afélio.
A figura a seguir mostra as posições A e B, que são respectivamente o periélio e afélio da órbita dos planetas em torno do Sol. As posições X são os focos da elipse. O Sol sempre coincide com um dos focos da elipse.





sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Semântica Formal

Introdução
Definição de semântica como área da linguística que estuda o significado das línguas naturais é bastante consensual.
Precisamos definir antes o que é significado. Tarefa árdua! Visões diferentes significado e significação.

Semântica de todo tipo TEXTUAL, COGNITIVA, LEXICAL, ARGUMENTATIVA, DISCURSIVA… todas estudam o significado.Vários ângulos. 
Expressões linguísticas e representações mentais.
Relações entre expressões linguística , cultura.
O QUE ESTUDA A  SEMÂNTICA FORMAL?
Relações existentes entre as expressões linguísticas e o mundo. (Real, Hipotético).
Situações externas a língua estão de alguma forma ligados ao mundo , a algo tomamos (ou construímos) como independente da língua.Assim Interpretamos grande parte dos nossos enunciados...
Tem um rato na cozinha.
A Semântica Formal  considera como propriedade central das línguas humanas o ser sobre algo, isto é o fato de que as línguas naturais são utilizadas para estabelecermos uma referencialidade para falarmos sobre objetos, indivíduos , fatos, eventos, propriedades,..., descritos como externos a própria língua.
Na Semântica Formal  o significado é entendido como uma relação entre a linguagem por um lado, e, por outro, aquilo sobre o qual  a linguagem fala.
A Semântica Formal se apoia no fato de que se não conhecemos as condições nas quais uma sentença é verdadeira , não conhecemos seu significado. Como construímos, a partir de passos, investigação.

Uma outra propriedade central das línguas naturais e a sua produtividade. Cada parte contribuiu para as suas condições de verdade.
A semântica formal é, assim, uma ciência empírica, com caráter preditivo. O objeto de estudos da semântica é, então, explicitar a capacidade que os falantes de uma língua têm, independentemente de eles irem ou não à escola, de atribuir significados ao que eles dizem e ao que lhes é dito.
o significado das sentenças se estruturam logicamente.
Ex: Todo homem é mortal
João é homem
Logo, João é mortal
À Semântica cabe o estudo dos aspectos objetivos, isto é, aqueles que estão abertos à inspeção pública. Sua objetividade é garantida pela uniformidade de assentimento entre os membros de uma comunidade
Exemplo: mesa
A Semântica Formal  pode ser descrita como um programa de pesquisa que procura responder às seguintes perguntas: O que  “representam ou denotam” as expressões linguísticas?
Denotações 

Algumas expressões nominais são usadas para representar diretamente um indivíduo no mundo, isto é , são usadas para referir. 
A noção de referência/denotação deve ser estendida, pois as palavras podem representar não só indivíduos do mundo, mas também podem representar objetos mais complexos, como propriedades e relações entre propriedades.

Ex: 
Luiz Inácio Lula da Silva, Fernanda Montenegro, 
Bahia, Avenida Sete de Setembro
Ou: 
O presidente brasileiro que mais ganhou títulos de Doutor Honoris causas nos últimos anos;
A única atriz brasileira a concorrer ao prêmio do Oscar até hoje;
O maior estado do Nordeste;
A avenida mais extensa e famosa de Salvador;
OBS: Qualquer eventual ligação entre os exemplos dados são mera coincidência, kkkk
Já a conotação se dá quando buscamos dizer alguma coisa e pra isso nos valemos de metáforas ou de figuras de linguagens, vejamos o seguinte exemplo:
EX: O jogador pisou na bola ao não cumprimentar seu adversário.
Nessa situação o jogador não pisou na bola literalmente,
o termo “pisou na bola” foi utilizado com o sentido metafórico.
Relações semânticas no nível da palavra  e no nível da sentença
Suzana continua a amar o seu primeiro namorado.  
As informações “silenciosas”. Como diz Pires de Oliveira (2001), uma sentença estabelece uma trama de sentidos com outras sentenças.
As relações entre semânticas entre palavras,expressões e sentenças tem sido um tema tradicional da semântica. 
Necessário entender a diferença entre as noções de sentido e referência. 
Acarretamento e  Pressuposição
Para entendermos a noção de acarretamento,precisamos ,antes entender a noção de HIPONÍMIA.
 A hiponímia é uma relação de sentido entre palavras tal que o significado de uma está incluído no significado da outra.
a) escarlate é hipônimo de vermelho.  
b)gato é hipônimo de animal. 
A noção de homonímia pode ser estendida para sentenças. Assim chegamos a noção de acarretamento.
Sinonímia e paráfrase
A sinonímia e uma relação entre duas expressões linguísticas que têm o mesmo sentido.
Careca é sinônimo de calvo.
Chamamos de paráfrase a relação de sinonímia entre sentenças.
O João quebrou o vaso.
O vaso foi quebrado pelo João.
Contradição
As noções de contradição, acarretamento e sinonímia estão intrinsecamente ligadas e  se dão quando duas expressões em uma mesma situação apresentam sentido diferentes.
Duas sentenças são contraditórias quando ambas não podem ser simultaneamente verdadeiras. Em outras palavras, duas sentenças são contraditórias se quando uma delas é verdadeira, a outra é necessariamente falsa.
Ex: A maria comeu mamão pela manhã, mas não comeu nenhuma fruta;
A relação lexical de antonímia pode ou não envolver contradição. Se apoia nas noções de contrário ou oposto sem necessariamente ser contraditória.  
EX:  Antônio nasceu na Bahia e morreu na Bahia;
Já no exemplo a seguir veremos o sujeito implicado em ações opostas:
Ex: Lázaro deu um presente a Ana;
Ex: Lázaro recebeu um presente de Ana;
Ambiguidade
Uma sentença pode ser ambígua porque a sintaxe prevê diferentes possibilidades de combinação de palavras em constituintes. Assim , uma sentença vai ser ambígua quando ela puder ter mais de uma estrutura sintática.
Ex: A balada de ontem foi divertida.
Ex: Os alunos e os professores inteligentes participaram do simpósio.
  1. [Todos alunos e professores] inteligentes } participaram do simpósio.
b. [Todos alunos ] e professores inteligentes } participaram do simpósio.

Isso é tudo pessoal … Obrigadooooooo!!!!
Apresentação na Universidade Federal da Bahia - UFBA - Faculdade de Educação - FACED
Discentes: Ana Paula Gomes, Lazáro Nunes e Lucas Santos

sábado, 9 de novembro de 2019

O que é inversão térmica?

Pelas leis da natureza, o ar quente (mais leve) está sempre subindo, e o ar frio, (mais pesado), sempre descendo. Ao amanhecer, o sol aquece o solo, fazendo com que o ar próximo a ele também tenda a subir.
Em alguns dias do inverno, porém, a camada de ar rente ao solo torna-se ainda mais gelada que a camada imediatamente acima dela. Como as camadas mais elevadas também são frias, forma-se um “sanduíche”: uma faixa quente entre duas faixas frias. Essa combinação faz com que a camada gelada, junto ao solo, não consiga se dissipar. “O fenômeno ocorre quando há muita umidade próxima à superfície da Terra, em geral logo após a passagem de uma frente fria”, diz o meteorologista Francisco Alves do Nascimento, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de Brasília.
Essa situação se torna um problema nas grandes metrópoles, onde a poluição do ar piora bastante, elevando a incidência de doenças respiratórias e alérgicas entre a população. Isso porque, de manhã, quando surge a inversão térmica, uma grande quantidade de automóveis sai às ruas, liberando gases tóxicos como o monóxido de carbono. O tormento tende a se agravar em dias sem ventos, que facilitariam a dispersão dos poluentes.
Sujeira aprisionada
Alterações de temperatura e umidade retêm a poluição junto ao solo
Num dia normal
Sob maior pressão e menor temperatura, as camadas mais altas da atmosfera fazem com que o ar de cima, mais pesado, vá para baixo
O sol esquenta o chão e também o ar junto à sua superfície. Resultado: ele fica mais leve e sobe, levando consigo a poluição causada pela fumaça dos automóveis
Numa manhã de inversão térmica
Nos dias mais úmidos do inverno, o ar próximo ao solo torna-se ainda mais frio que o das camadas mais elevadas da atmosfera. Isso faz com que ele fique preso ao chão, segurando a poluição.

sábado, 26 de outubro de 2019

Conceitos de preconceito

O preconceito é a ação e o efeito de formar um julgamento sem razão objectiva e de forma antecipada. Trata-se, por conseguinte, de uma opinião que é dada sobre algo ou alguém sem fundamento ou análise crítica, o que acontece quando se conhece mal ou não se conhece de todo essa coisa/pessoa.
 Preconceito é um juízo pré-concebido, que se manifesta numa atitude discriminatória perante pessoas, crenças, sentimentos e tendências de comportamento.É uma ideia formada antecipadamente e que não tem fundamento crítico ou lógico..
 O preconceito é resultado da ignorância das pessoas que se prendem às suas ideias pré-concebidas, desprezando outros pontos de vista, por exemplo. Na maioria dos casos, as atitudes preconceituosas podem ser manifestadas com raiva e hostilidade.



domingo, 25 de agosto de 2019

O declínio da mineração e o seu legado na América Latina

A América Latina acaba de viver uma década de bonança na mineração que despertou esperanças de riqueza como poucas vezes em sua história, embalada pelo que parecia ser uma inesgotável demanda chinesa por cobre, carvão e outros minérios. Mas a bonança terminou. A economia da China demonstrou ser como todas as outras, ou seja, uma economia de altos e baixos. E a redução recente do apetite chinês levou a uma freada brusca nos planos de investimento e venda de projetos multimilionários de mineração em países latino-americanos. Nesta semana, por exemplo, a Glencore, uma gigante global desta indústria, anunciou que está vendendo a mina de Lomas Bayas, no Chile. Um caso que não é único em meio ao ajuste do setor diante da queda de preços internacionais de muitos produtos básicos. Mas qual é o legado que fica desta chuva de dólares que caiu na região nos últimos dez anos com chegada de projetos de mineração, muitas vezes diante da resistência de comunidades onde eles se instalaram? Epicentro global A América Latina tornou-se neste anos um dos epicentros globais da mineração, recebendo 27% do total de investimentos em exploração, segundo o Banco Mundial. É difícil subestimar tal volume de dinheiro. O órgão afirma que um só país, o Chile, recebeu dividendos da mineração da ordem de US$ 41 bilhões (R$ 155,8 bilhões) em 2011, ou 19% de seu Produto Interno Bruto.
 (P... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2015/10/18/o-declinio-da-mineracao-e-o-seu-legado-na-america-latina.htm?cmpid=copiaecola

domingo, 23 de junho de 2019

Fontes de energia

Fontes de energia são opções energéticas com origens diversas. Dividem-se em fontes renováveis, como a energia solar, e fontes não renováveis, como os combustíveis fósseis. Fontes de energia são recursos naturais ou artificiais que possibilitam a produção de energia.

Matriz energética é toda energia disponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida nos processos produtivos, é uma representação quantitativa da oferta de energia, ou seja, da quantidade de recursos energéticos oferecidos por um país ou por uma região.

As fontes de energia renováveis, são aquelas em que a sua utilização e uso é renovável e pode-se manter e ser aproveitado ao longo do tempo sem possibilidade de esgotamento dessa mesma fonte, exemplos deste tipo de fonte são a energia eólica e solar.
Por outro lado as fontes de energias não renováveis têm recursos teoricamente limitados, sendo que esse limite depende dos recursos existentes no nosso planeta, como é o exemplo dos combustíveis fósseis.
https://www.significados.com.br/matriz-energetica/


Energia: o presente e o futuro

As sociedades industriais modernas não podem sobreviver sem o uso intensivo de energia. A energia, não importando sua fonte de origem – petróleo, gás, água, biomassa, luz solar, urânio ou vento – é imprescindível para o desenvolvimento de um país. Não é por outra razão que cientistas elaboraram parâmetros de avaliação do desenvolvimento material e cultural de uma sociedade, baseados no uso das energias disponíveis no meio ambiente onde floresce esta comunidade. O principal aspecto nesta avaliação não é a fonte de energia utilizada, mas a tecnologia aplicada para o uso desta energia; já que é esta que vai espelhar o grau de desenvolvimento tecnológico – significando conhecimento científico e técnico – da sociedade em questão.
Ao longo dos últimos 230 anos aproximadamente, o uso das fontes energéticas tem se desenvolvido rapidamente. Se até quase o final do século XVIII as máquinas para aproveitamento da energia cinética (movimento e força) e calorífera (calor) eram bastante primitivas e ineficientes, o grande salto foi dado quando técnicos-artesãos, principalmente da Inglaterra, desenvolveram máquinas capazes de utilizar a energia cinética gerada pelo vapor d´água, queimando carvão mineral. Durante todo o século XIX e XX, só aumentaram e se diversificaram as tecnologias capazes de aproveitar a energia das diversas fontes; do carvão vegetal e mineral aos derivados de petróleo; do aproveitamento da água, da luz do sol e do vento, até o urânio para geração de eletricidade.
Jacques Attali, doutor em economia e assessor do governo da França, é famoso por seus livros discorrendo sobre o futuro da sociedade mundial. Em seu livro Uma breve história do futuro (Novo Século Editora, 2008) faz uma série de previsões sobre como o mundo evoluirá social, econômica e politicamente ao longo do século XXI. No que se refere ao tema da energia, Attali escreve entre outras coisas: “A energia solar, bem como a energia eólica,só serão fontes inesgotáveis quando se tornarem estocáveis. Será difícil desenvolver a biomassa em grande escala, exceto para alimentar carros particulares, o que é muito importante. As outras fontes de energia naturais (geotermia, ondas, maré) parecem incapazes de responder a uma demanda significativa. Enfim, a fusão termonuclear, que poderia, sozinha, representar uma fonte quase ilimitada, com certeza não será praticável antes do fim do século XXI, pelo menos. No total, a energia será cada vez mais custosa, o que incitará a economizar, substituindo os movimentos físicos pelas trocas imateriais.” (Attali, 2008).

domingo, 7 de abril de 2019

Deriva Continental


Deriva Continental


O conceito de deriva continental – movimentos de grande proporção sobre o globo – existe há muito tempo. A rigor, esta ideia nasceu com os primeiros mapas do Atlântico Sul a mostrar os contornos da América do Sul e da África. Já em 1620, Francis Bacon (Fig. 1), filósofo inglês, apontava o perfeito encaixe entre estas duas costas como um quebra-cabeça e aventava, pela primeira vez, a hipótese da união destes continentes no passado. Ao final do século XIX, o geólogo austríaco Eduard Suess (Fig. 1) encaixou algumas das peças do quebra-cabeça e postulou que o conjunto dos continentes meridionais atuais formara, certa vez, um único continente gigante, chamado Terra de Gondwana (ou Gondwana).

Figura 1: A – Francis Bacon; B – Eduard Suess; C – Alfred Wegener.

A teoria da Deriva Continental propriamente dita remonta ao início século XX, tendo surgido a partir das ideias do alemão Alfred Wegener em 1915 (Fig.1), um acadêmico e explorador, que se dedicava a estudos metereológicos, astrônomos, geofísicos e paleontológicos, entre outros.

Wegener participou de numerosas expedições para a gélida Groenlândia, onde fez importantes observações meteorológicas e geofísicas. De acordo com suas observações, todos os continentes poderiam ter estado juntos, no passado, como um quebra-cabeça gigante, formando um único supercontinente, que ele denominou de Pangea (do latim pan, “todo” e gea, “terra”). Posteriormente a Pangea (Fig. 2) teria se fragmentado, dando origem aos continentes e oceanos que conhecemos hoje.



Figura 2: A Pangea e a sua fragmentação dando origem aos continentes e oceanos que conhecemos hoje.

Assim, com a publicação do seu livro A Origem dos Continentes e Oceanos, em 1915 estava criada a teoria da Deriva Continental. Wegener enumerou quatro evidências para a sua teoria:

• Evidências geomorfológicas;
• Evidências Litológicas;
• Evidências Paleontológicas;
• Evidências Glaciais.


Evidências Geomorfológicas

Wegener enumerou várias coincidências geomorfológicas entre os continentes, além do encaixe das linhas de costa atuais de vários continentes, entre eles o encaixe da América do Sul com a África (Fig. 3).
Figura 3: Evidências Geomorfológicas.

Evidências Litológicas

A aproximação dos continentes no mapa permitiu-lhe verificar uma continuidade geológica ao nível de grandes estruturas da superfície terrestre, como as cadeias de montanhas, ao nível da composição litológica. Por exemplo, para ele, a Serra do Cabo, uma cadeia de montanhas de orientação leste-oeste na África do Sul, seria a continuação da Sierra de la Ventana, com a mesma orientação, na Argentina, ou ainda, o planalto na Costa do Marfim, na África, teria continuidade no Brasil (Fig. 4).



Figura 4: Evidências Litológicas.

Evidências Paleontológicas

Entre as evidências mais impressionantes que Wegener apresentou, estava a dos fósseis, principalmente de plantas representativas de gimnospermas e samambaias extintas, conhecidas coletivamente, como a flora de Glossopteris, na África e no Brasil (e também na Austrália, Índia e Antártica, entre outros lugares).
Outro indício foi de fósseis idênticos encontrados apenas na África e na América do Sul de um réptil de 300 milhões de anos, sugerindo que os dois continentes estavam juntos naquele tempo. Os animais e as plantas dos diferentes continentes mostraram similaridades na evolução até o tempo postulado para a fragmentação. Após isso, seguiram caminhos evolutivos divergentes, presumivelmente devido ao isolamento e às mudanças ambientais das massas continentais em separação (Fig. 5).

Figura 5: Evidências Paleontológicas.
Evidências Glaciais

Wegener também baseou-se em evidências paleoclimáticas, como aquelas que comprovam um importante e extenso evento de glaciação no sul e sudeste do Brasil, sul da África, Índia, Austrália e Antártica, há aproximadamente 300 milhões de anos. Em todos esses lugares estrias impressas nas rochas dessa época indicam as direções de movimento das antigas geleiras (Fig. 6).

Figura 6: Evidências Glaciais.
Em cada uma das quatro edições do seu livro, Wegener acrescentou e refinou as evidências que para ele já seriam provas convincentes da teoria da Deriva Continental. Entretanto, ele nunca conseguiu responder adequadamente as questões fundamentais de seus críticos, como por exemplo: Que forças seriam capazes de mover os imensos blocos continentais.

Embora Wegener estivesse correto em afirmar que os continentes tinham se afastado por deriva, sua hipótese acerca de quão rápido eles se moviam e quais forças os empurravam na superfície terrestre mostrou-se errônea, o que reduziu sua credibilidade entre outros cientistas. Com isso, suas evidências não convenceram os céticos, os quais mantiveram que a deriva continental era fisicamente impossível.

Ninguém havia proposto, ainda, uma força motora plausível que pudesse ter fragmentado a Pangea e separado os continentes. Wegener, por exemplo, pensava que os continentes flutuavam como barcos sobre a crosta oceânica sólida, arrastados pelas forças das marés, do sol e da lua.

Após cerca de uma década de rigoroso debate, os físicos convenceram os geólogos de que as camadas externas da Terra eram muito rígidas para que a deriva continental ocorresse, o que fez com que e as ideias de Wegener caíssem em descrédito, exceto entre uns poucos geólogos na Europa, na África do Sul e na Austrália.
A ruptura veio quando os cientistas deram-se conta de que a convecção do manto da Terra, poderia empurrar e puxar os continentes à parte, formando uma nova crosta oceânica, por meio do processo de expansão do assoalho oceânico.

Em 1928, o geólogo britânico Arthur Holmes teve perto de expressar as noções modernas da deriva continental e da expansão do assoalho oceânico, quando propôs que correntes de convecção “arrastaram as duas metades do continente original à parte, com consequente formação de montanhas na borda onde as correntes estão descendo e desenvolvimento de assoalho oceânico no lugar da abertura, onde as correntes estão ascendendo”. Começava aí a descoberta da tectônica de placas e da teoria da Deriva Continental. Wegener morreu sem saber que a sua teoria estava correta.

Fonte :http://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2093

Bibliografia Consultada:
PRESS, F.; GR OTZINGER, J.; SIERVER, R.; JORDAN, T. H. Para entender a Terra. 4ª ed. Porto Alegre: Bookam, 2006.
TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T. R.; TOLEDO, M. C. M.; TAIOLI, F. Decifrando a Terra. 2ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.

Referências Eletrônicas:
http://ealfredwegener.blogspot.com.br/2009/04/argumentos-de-wegener-para-deriva-dos.html, acessado 23 de novembro de 2012 às 17h e 59min.
http://espacociencias.com/site/ciencias-7o-ano/dinamica-interna-da-terra/deriva-continental/, acessado 23 de novembro de 2012 às 18h e 07min.
http://www.infoescola.com/biografias/, acessado 26 de novembro de 2012 às 20h.

Referências Eletrônicas das figuras:
Figuras 1 a;b: http://www.infoescola.com/biografias/, acessado 26 de novembro de 2012 às 20h.
Figuras 3, 4: http://ealfredwegener.blogspot.com.br/2009/04/argumentos-de-wegener-para-deriva-dos.html, acessado 23 de novembro de 2012 às 17h e 59min.
Figuras 1c, 4, 5, 6: http://espacociencias.com/site/ciencias-7o-ano/dinamica-interna-da-terra/deriva-continental/, acessado 23 de novembro de 2012 às 18h e 07min.