A ideia de tempo é tão presente em nossas vidas que suas marcas são perceptíveis nos rostos de cada um de nós, basta nos olharmos no espelho. A sua relatividade é evidente, não só na obra de Salvador Dalí. Podemos até dizer que seja um dos temas preferidos dos artistas, talvez pela sua subjetividade. O tempo já foi dividido e subdividido, compreendido não só em minutos ou em segundos, mas de tantas outras formas que buscaremos refletir a seguir. Algo abstrato e inerente a vida humana, as noções de tempo fazem parte da compreensão dos comportamentos sociais. Muitas vezes compreendido por nós, de forma restrita, o tempo é associado a ideia cronológica e capitalista, enfatizado pela noção de que "tempo é dinheiro".
Neste emaranhado de possibilidades, estabelece-se a relação das noções de tempo com o sujeito histórico e nossa busca se orienta também a compreender tal relação. "Perceber a complexidade das relações sociais presentes no cotidiano e na organização social mais ampla implica indagar qual o lugar que o indivíduo ocupa na trama da História e como são construídas as identidades pessoais e sociais, em dimensão temporal. O sujeito histórico, que se configura na inter-relação complexa, duradoura e contraditória entre as identidades sociais e as pessoais, é o verdadeiro construtor da História"(trecho retirado do artigo de Holien Gonçalves Bezerra, no livro 'História na Sala de Aula', organizado por Leandro Karnal ).
Neste contexto é importante discutir as questões de tempo para além da comum concepção cronológica, generalizada no nosso cotidiano, é necessário ir além e também perceber como as noções de tempo se relacionam com o nascer e por do sol, os tempos da colheita - afinal quem nunca ouviu dizer que " existe tempo de plantar e existe tempo de colher" - o tempo do cozimento do arroz, o tempo de uma vida, o tempo de uma gestação. Podemos ainda pensar nas diversas construções sociais que se relacionam com noções temporais como trabalho, comércio, comunicação, coisas que tem sido cada vez mais relativizadas, principalmente pelas redes sociais, assim como os meios de transporte.
O desenvolvimento dos transportes, do comércio e da comunicação parecem encurtar o mundo. Lembro-me muito da expressão "que mundo pequeno", algo que na verdade tem muito haver com a dinâmica cada vez mais acelerada, principalmente estes três pontos. No meio de tudo isto está o ser humano, comendo, dormindo, andando, trabalhando, sentindo, amando, indo, vindo, construíndo sua história e participando da atividade social inerente a atividade humana. Se nesse caso "os tempos são outros", acredito que "ninguém se banha duas vezes no mesmo rio", cada experiencia humana é única influenciada por um conjunto de ações e vivencias passadas, mas única no sua relação espacial e temporal.
O desenvolvimento dos transportes, do comércio e da comunicação parecem encurtar o mundo. Lembro-me muito da expressão "que mundo pequeno", algo que na verdade tem muito haver com a dinâmica cada vez mais acelerada, principalmente estes três pontos. No meio de tudo isto está o ser humano, comendo, dormindo, andando, trabalhando, sentindo, amando, indo, vindo, construíndo sua história e participando da atividade social inerente a atividade humana. Se nesse caso "os tempos são outros", acredito que "ninguém se banha duas vezes no mesmo rio", cada experiencia humana é única influenciada por um conjunto de ações e vivencias passadas, mas única no sua relação espacial e temporal.
Entender esta diversidade, passa também por compreender as diversas relações de poder existentes nas diversas atividades sociais. O dimensionamento das noções de tempo estão associadas diretamente a questão do poder em todas as suas vertentes. Relaciona-se com as questões religiosas, econômicas e politicas. Passam por este contexto os diferentes calendários. Sim, o nosso calendário não é o único existente! Temos aí uma gama de possibilidades que passam por calendários lunares e solares, orientados por concepções religiosas ou motivados por questões ideológicas e marcos históricos, ou ainda uma mistura de tudo isto. Tudo isto envolvido com poderes dos mais variados líderes religiosos e políticos e somado a dinâmica da natureza.
Por fim, é importante reforçar que cada tempo tem suas próprias concepções, ideias e convenções, que existem para além de uma ideia de linearidade, e compreender como esta relação esta montada é muito importante. O cuidado para não incidir no erro de ser anacrônico é algo central quando se analisa determinadas situações tendo a história como baliza. É de extrema importância desenvolver a habilidade de tecer relações entre as experiências do passado com as do presente, entendendo o passado não como algo distante, mas com fortes influências em nossas experiencias do presente. Assim como, é necessário entender que nosso presente determina o nosso futuro, sendo o tempo o elo deste emaranhado de relações sociais e entender tudo isto, nos ajuda a compreender o presente.
Por fim, é importante reforçar que cada tempo tem suas próprias concepções, ideias e convenções, que existem para além de uma ideia de linearidade, e compreender como esta relação esta montada é muito importante. O cuidado para não incidir no erro de ser anacrônico é algo central quando se analisa determinadas situações tendo a história como baliza. É de extrema importância desenvolver a habilidade de tecer relações entre as experiências do passado com as do presente, entendendo o passado não como algo distante, mas com fortes influências em nossas experiencias do presente. Assim como, é necessário entender que nosso presente determina o nosso futuro, sendo o tempo o elo deste emaranhado de relações sociais e entender tudo isto, nos ajuda a compreender o presente.
Fonte :http://historiantebrasil.blogspot.com.br/2013/06/tempo-e-historia.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário