sábado, 12 de setembro de 2015

Os ratos versus o gato

Os ratos versus o gato

“Uma vez os ratos, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma reunião para encontrar um jeito de acabar com aquele eterno transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados. No fim um rato levantou-se e deu a ideia de pendurar uma sineta no pescoço do gato; assim, sempre que o gato chegasse perto eles ouviriam a sineta e poderiam sair correndo. Todo mundo bateu palmas: o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um rato velho, que tinha ficado o tempo todo calado, levantou-se de seu canto. O rato falou que o plano era muito inteligente, que com toda a certeza as preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem ia pendurar a sineta no pescoço do gato?”
ASH, Russel; HIGTON, Bernard (Org.). Fábulas de Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1994. p. 18.


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O destino de Édipo

O destino de Édipo

“Laio [...] era rei de Tebas e vivia com Jocasta, filha do nobre tebano Meneceu. Por muitos anos não tiveram filhos. Como ele desejasse ardentemente um herdeiro, consultou o oráculo de Apolo, em Delfos, e recebeu a seguinte resposta: ‘Laio, você haverá de ter um filho, mas saiba que está destinado a morrer pelas mãos de seu próprio filho.' [...]
Laio acreditou no oráculo e por muitos anos viveu separado de sua esposa. Mas o amor que tinham um pelo outro fez com que voltassem a unir-se, apesar da advertência do oráculo, e por fim Jocasta deu um filho a seu marido. Quando a criança nasceu, os pais lembraram-se do oráculo e, para evitar que este se realizasse, mandaram perfurar os pés da criança quando esta tinha três dias e abandoná-la, com os pés amarrados, no Monte Citéron.
Mas o pastor encarregado desse crime terrível ficou com pena da criança inocente e entregou-a a outro pastor, que pastoreava os rebanhos do rei de Pólibo, de Corinto. Voltou então para casa e declarou ao rei e à sua esposa Jocasta que cumprira a missão. Os dois pensaram que a criança tivesse morrido de fome ou que fora destroçada por animais selvagens, impossibilitando assim a realização do oráculo. E tranquilizavam a própria consciência alegando terem protegido a criança, evitando assim que ela assassinasse o próprio pai.
Enquanto isso o pastor de Pólibo desamarrou os pés perfurados do menino e chamou-o de Édipo, que significa ‘o de pés inchados', por causa de suas feridas. E levou o menino para Corinto, para junto de seu senhor.”
SCHWAB, Gustav. As mais belas histórias da Antiguidade clássica: os mitos da Grécia
e de Roma. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994. v. 1. p. 270-2

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Hino Nacional Brasileiro - letra



Ouviram do Ipiranga as margens plácidas 
De um povo heróico o brado retumbante, 
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, 
Brilhou no céu da pátria nesse instante. 

Se o penhor dessa igualdade 
Conseguimos conquistar com braço forte, 
Em teu seio, ó liberdade, 
Desafia o nosso peito a própria morte! 

Ó pátria amada, 
Idolatrada, 
Salve! Salve! 

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido 
De amor e de esperança à terra desce, 
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, 
A imagem do cruzeiro resplandece. 

Gigante pela própria natureza, 
És belo, és forte, impávido colosso, 
E o teu futuro espelha essa grandeza. 

Terra adorada, 
Entre outras mil, 
És tu, Brasil, 
Ó pátria amada! 
Dos filhos deste solo és mãe gentil, 
Pátria amada,
 Brasil!

 II 
Deitado eternamente em berço esplêndido,
 Ao som do mar e à luz do céu profundo, 
Fulguras, ó Brasil, florão da América, 
Iluminado ao sol do novo mundo! 

Do que a terra mais garrida 
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
 "Nossos bosques têm mais vida", 
"Nossa vida" no teu seio "mais amores". 

Ó pátria amada, 
Idolatrada, 
Salve! Salve!

 Brasil, de amor eterno seja símbolo 
O lábaro que ostentas estrelado, 
E diga o verde-louro dessa flâmula - 
Paz no futuro e glória no passado. 

Mas, se ergues da justiça a clava forte, 
Verás que um filho teu não foge à luta, 
Nem teme, quem te adora, a própria morte. 

Terra adorada
 Entre outras mil,
 És tu, Brasil, 
Ó pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil, 
Pátria amada, 
Brasil! 

Fontes:
Imagem : google.com.br
Hino: http://www2.planalto.gov.br/acervo/simbolos-nacionais/hinos/hino-nacional-brasileiro-1

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

ABAPORU


Abaporu é um vocábulo substantivo masculino formado pela junção de três palavras da língua tupi-guarani: aba, que significa homem, pora, que significa gente e ú, que significa comer. Assim sendo, o significado de Abaporu é “homem que come gente”, um sinônimo de antropófago.

A obra Abaporu é uma pintura a óleo sobre tela da artista brasileira Tarsila do Amaral pintada em 1928. Casada na época com o escritor Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral pintou o quadro Abaporu para presentear o marido em seu aniversário.

O nome Abaporu foi criado por Oswald de Andrade e pelo também escritor Raul Bopp.

O movimento cultural conhecido como Antropofagia tem como símbolo o quadro Abaporu, que faz referência à influência da cultura estrangeira na arte brasileira.

Com o Movimento Antropofágico, os artistas brasileiros do início do século XX se propunham a criar uma arte tipicamente brasileira, que pudesse verdadeiramente representar a cultura do país; a cultura estrangeira é absorvida e abrasileirada, passando a traduzir a essência cultural do Brasil.

As obras de Tarsila do Amaral são dedicadas ao Brasil e à brasilidade; o Abaporu é, dentre as pinturas de Tarsila do Amaral, a mais famosa.

A tela Abaporu, cujas dimensões são 85 cm de altura por 73 cm de largura, hoje se encontra no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, o MALBA. É o quadro brasileiro mais valorizado no mercado de arte interacional; foi vendido por US$ 1,5 milhão para o colecionador Eduardo Constantini em 1995.

Alguns críticos de arte sugerem que o Abaporu de Tarsila do Amaral foi uma releitura de O Pensador, de Rodin, estando então, inserida no contexto do Movimento Antropofágico.

O Abaporu mostra um ser solitário, de pés muito grandes e cabeça muito pequena. A posição em que a figura se encontra guarda semelhança com a postura de O Pensador. O Abaporu representa o brasileiro, cujo trabalho braçal recebe mais importância do que o trabalho intelectual, por isso o corpo gigantesco e a cabeça diminuta. O homem brasileiro é assim retratado como ligado à terra, com seus pés plantados no chão; o nativo selvagem que usa suas habilidades e sua força para extrair da terra sua subsistência.

As cores da pintura sugerem uma referência à bandeira do Brasil.




FONTE :https://www.significadosbr.com.br/abaporu